03/12/2012



















O NADO DA DOR

Sou um conto de dores
com luz de abajur.
Sou uma cascata de choros
sobre um rio de gozos.

Dois remos cansados
em águas febris.
Infindo nado noturno
entre laços naufragados.

No intervalo das gotas
pelos cotovelos sangradas
emudeço...
escorro nua pelo silêncio.

(Poema: Flávia Soufer / Ilustração: Sérgio Dassie Genciauskas)

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