11/12/2012

ESPERA

Entre uma respiração e outra curvo meu olhar estreito.Limite do amargo , intervalos da ausência.
E nesse áspero das horas ,falta a pele dele para afundar o meu corpo, cadência que sussurrava na pontas dos dedos.
Gosto borrifado nos lençóis, nos isentávamos dos limites e deitávamos as urgências no descomunal do explícito .
Nada restava de sóbrio no fugidio de nossas vontades, nos pelos eriçados e nas mãos que se comprimiam.
Porta fechada.
Dúvidas estáticas na sua demora.Permito a espera que por vezes arde em descompasso.
E no acostumado da memória ,sinto ainda a intimidade repousada, vez em quando me ausento numa tentativa de desprender o caminho de nós dois.

(Eliana de Oliveira Santos)

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