10/04/2012

POESIA BOÊMIA

Uma tarde, um calor
dois copos, dois corpos
uma paixão que arde
uma dor que só o amor consola...

Com sorte fujo da morte,
atravesso paredes
e, através de canções,
chego aos corações.
Chuvas de ácidas águas,
se transformam em monções...

Um corpo que pulsa,
pulsares pulsantes,
cravos e rosas,
canções dos amantes.

A dor que anuncias
e a traz em seus braços,
são mortes morridas,
venceu o cansaço.

E no peito um aperto,
deixando um vazio,
uma terra árida,
que ao ser arada,
traz vento, traz pó
e traduz sentimentos
de dentro da alma,
da alma encarnada,
de escuras moradas,
de mortes matadas
e vidas vividas,
assim...
para o nada.

(Daniel Palacios)

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