BORBOLETA NEGRA
Dança fatal
num vôo funesto.
És tu,
borboleta negra.
Que nos assobios do vento
traz os meus assombros e destroços.
Que na austeridade das tuas asas
estampa o meu número: trinta e três.
Entre oceanos e abismos, céus e trevas...
És tu no espelho, bem diante do meu rosto
afrontando o meu medo de expor nos olhos
o meu próprio medo resguardado.
Só não confundo-te com um corvo assassino
porque ainda voas como quem dança
e na ponta dos pés, posaste no meu âmago
diante de todas as minhas raízes imersas.
(Flávia Soufer)
PARA
ResponderExcluirQUEDAS...
PARA A LUZ
E
PARA AS TREVAS...
RAÍZES
IMERSAS
E
PROFUNDAS!!!
"..porque ainda voas como quem dança
ResponderExcluire na ponta dos pés, posaste no meu âmago..."