15/12/2011

CRIME DE JASMIM

Um tiro de espasmos
entre sedas e perfumes
transes e delírios
entre um poema e outro
alvíssima pele nua, tua...

balsâmico delito, quente
delinquente flor de jasmim
em mim...

escorre uma abrasadora aguardente
na ponta da tua lança

faz criminosa
a tua insistente morada
em meus canais
em cada esquina da minha alma,
tua...

gota a gota, sangro pétalas
teus bêbados jasmins
aqui, assim, ainda em mim
exalando crimes entre meus pés
pés que já foram puro cheiro de dança.


(Flávia Soufer)

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